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Certificação voluntária de cadeiras de escritório em foco: entrevista com Paloma Teixeira

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A segurança e a ergonomia no ambiente corporativo são fatores decisivos para o bem-estar dos trabalhadores e para a produtividade das empresas. Nesse contexto, cresce o interesse pela certificação voluntária de cadeiras de escritório, baseada na norma ABNT NBR 13962, que estabelece requisitos de desempenho, conforto e resistência para esses produtos.

Em entrevista à Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac), Paloma Teixeira, líder de certificação da Brics Certificações, detalha os critérios técnicos aplicados, os tipos de cadeiras contemplados e os diferenciais competitivos que a certificação pode proporcionar a fabricantes e importadores.

Entrevista completa

Abrac – Quais aspectos são avaliados na certificação de cadeiras de escritório?

Paloma Teixeira – A certificação de cadeiras de escritório avalia critérios relacionados à segurança, conforto e ergonomia, conforme definidos na ABNT NBR 13962 e na NR 17 (Norma Regulamentadora de Ergonomia).

Os principais aspectos verificados incluem:

  • Altura ajustável do assento, para acomodar diferentes biotipos;

  • Encosto com formato adaptado ao corpo e ajuste de inclinação;

  • Estabilidade da cadeira, por meio de testes de tombamento;

  • Resistência e durabilidade de componentes como rodízios, base, pistão e encosto;

  • Mobilidade e estrutura giratória;

  • Acabamento adequado, sem arestas cortantes ou partes que ofereçam risco.

Esses requisitos asseguram que a cadeira ofereça o apoio postural adequado e conforto em jornadas prolongadas, contribuindo para a prevenção de lesões musculoesqueléticas e outros problemas relacionados à ergonomia.

Abrac – Qual norma técnica é utilizada como referência para a certificação dessas cadeiras?

Paloma Teixeira – A certificação tem como principal referência a ABNT NBR 13962 – Cadeiras para escritório – Requisitos e métodos de ensaio.

Essa norma define critérios para avaliação da ergonomia, segurança e resistência de cadeiras giratórias com ajuste de altura e encosto, voltadas ao uso profissional.

Além disso, seus requisitos estão alinhados aos princípios da NR 17, que trata da ergonomia no ambiente de trabalho.

Abrac – Por que fabricantes e importadores optam pela certificação voluntária, mesmo sem obrigatoriedade?

Paloma Teixeira – Embora não seja obrigatória, a certificação voluntária é adotada por fabricantes e importadores para:

  • Demonstrar conformidade com normas técnicas reconhecidas;

  • Aumentar a credibilidade junto ao mercado, especialmente em vendas corporativas e órgãos públicos;

  • Atender exigências de licitações ou contratos, que frequentemente requerem comprovação de desempenho e qualidade;

  • Reduzir riscos de acidentes e processos trabalhistas;

  • Agregar valor à marca, transmitindo compromisso com a saúde e o bem-estar dos usuários.

Na prática, a certificação voluntária funciona como um selo de qualidade, promovendo segurança, confiança e vantagem competitiva.

Abrac – Que tipos de cadeiras não são contemplados por essa certificação específica?

Paloma Teixeira – A norma ABNT NBR 13962 aplica-se exclusivamente a cadeiras de escritório giratórias com ajuste de altura e encosto, destinadas ao uso contínuo em ambientes profissionais.

Não são contempladas por essa certificação:

  • Cadeiras fixas (sem rodízios ou estrutura giratória);

  • Cadeiras escolares;

  • Cadeiras para auditório, recepção ou visitantes;

  • Cadeiras industriais ou para uso laboratorial.

Esses modelos podem estar sujeitos a outras normas ou requisitos específicos, mas não se enquadram no escopo da NBR 13962.

Abrac – Como a certificação voluntária pode agregar valor à marca e ao produto no mercado competitivo?

Paloma Teixeira – A certificação voluntária agrega valor de diversas formas:

  • Diferencial competitivo: produtos certificados se destacam no mercado pela segurança e conformidade com normas técnicas;

  • Confiança do consumidor: transmite credibilidade e compromisso com a saúde e o bem-estar do usuário;

  • Fortalecimento da marca: reforça a reputação da empresa como responsável e alinhada às boas práticas;

  • Acesso a mercados exigentes: facilita a participação em licitações e negociações com empresas que exigem comprovações técnicas;

  • Redução de riscos trabalhistas: produtos ergonomicamente corretos reduzem a incidência de doenças ocupacionais e passivos legais.

Abrac – Gostaria de acrescentar alguma coisa?

Paloma Teixeira – Sim. A certificação de cadeiras de escritório, ainda que voluntária, contribui de forma significativa para a promoção da segurança, ergonomia e qualidade no ambiente de trabalho.

Além de ser um instrumento estratégico para diferenciação no mercado, ela reforça a responsabilidade do fabricante ou importador com a saúde ocupacional e a satisfação do usuário final.

Fonte: Assessoria de imprensa da Abrac

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